💥"Superman" estreia com US$ 122 milhões e inicia nova fase da DC nos cinemas

O aguardado reboot "Superman", da Warner Bros., decolou nas bilheterias norte-americanas neste fim de semana, arrecadando cerca de US$ 122 milhões (aproximadamente R$ 680 milhões) nos Estados Unidos e Canadá. A estreia marca um início promissor para a nova fase do Universo DC sob o comando de James Gunn.

Internacionalmente, o filme adicionou mais US$ 95 milhões (cerca de R$ 530 milhões) ao total, com a bilheteria global estimada em US$ 217 milhões (quase R$ 1,2 bilhão) até o encerramento do domingo (13), de acordo com dados da própria Warner Bros.

Estrelado por David Corenswet como o novo Homem de Aço, o longa representa uma reinicialização completa da saga do super-herói criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster. O desempenho é visto como um marco estratégico para a reformulação da DC Studios, agora sob a liderança criativa de Gunn e do produtor Peter Safran.

“Essa é a fundação de algo maior. Um novo começo para a DC no cinema”, afirmou Gunn durante uma coletiva em Los Angeles.

James Gunn e o desafio de renovar o ícone

Superman foi escrito e dirigido por James Gunn, conhecido por revitalizar franquias com seu humor excêntrico e sensibilidade emocional, como em Guardiões da Galáxia, da Marvel. Agora, à frente do novo DCU, Gunn optou por uma abordagem mais esperançosa e humana do personagem, algo refletido tanto no tom do filme quanto no elenco.

Ao lado de Corenswet, estão Rachel Brosnahan como Lois Lane e Nicholas Hoult como um Lex Luthor mais cerebral e manipulador. O filme recebeu 82% de aprovação no Rotten Tomatoes, com elogios à direção, ao roteiro e ao carisma do novo Superman.

Bilheteria forte nos EUA, mas internacional divide opiniões

Com um orçamento estimado em US$ 225 milhões, o filme precisava de uma estreia sólida — e conseguiu, ao menos domesticamente. A bilheteria de abertura coloca Superman entre as três maiores estreias de 2025 até agora, ao lado de The Minecraft Movie (US$ 162,8 milhões) e Final Destination: Bloodlines.

“É uma ótima abertura, especialmente num cenário em que ir ao cinema ainda não voltou aos níveis de 2019”, disse Jeff Bock, analista da Exhibitor Relations Co. “Mas o desempenho internacional ainda gera preocupações, dado o custo de produção.”

Jeff Goldstein, presidente de distribuição da Warner, comentou que o estúdio já previa uma resposta mais forte nos EUA:

“Superman é um personagem profundamente enraizado na cultura americana. Sempre esperamos uma recepção mais intensa aqui.”

Filme inicia nova era do DCU

Além de reintroduzir o Superman ao público, o longa também prepara o caminho para outras produções já confirmadas, como Supergirl: A Mulher do Amanhã, novos projetos com Batman e Mulher Maravilha, e o aguardado Lanterns com Nathan Fillion como Guy Gardner.

“A visão da DC é clara, o ímpeto é real, e eu não poderia estar mais animado com o que está por vir”, declarou David Zaslav, CEO da Warner Bros. Discovery.

Reprodução: Warner Bros Pictures

Polêmicas e reações políticas

Antes mesmo da estreia, Superman foi alvo de controvérsias. Alguns críticos conservadores reagiram negativamente após Gunn dizer que a história também reflete o ponto de vista de “um imigrante tentando encontrar seu lugar no mundo”. O ex-presidente Donald Trump chegou a publicar um meme com seu rosto no corpo do Superman em uma clara tentativa de ironizar o tom do filme.

O diretor e o elenco negaram qualquer motivação política:

“É uma história sobre empatia e humanidade. Só isso”, afirmou David Corenswet em entrevista.

Expectativas para o futuro

Com seis estreias em primeiro lugar só em 2025, a Warner tenta se reerguer após fracassos recentes como Furiosa e Coringa: Folie à Deux. Agora, com o sucesso inicial de Superman, o estúdio sinaliza uma recuperação de fôlego.

As bilheteiras de cinema nos EUA e Canadá registram crescimento de 15% em relação a 2024, embora ainda estejam 24% abaixo dos níveis pré-pandemia de 2019.

"Superman" está em cartaz nos cinemas e marca o começo de uma nova era para o herói — e talvez para o próprio gênero de super-heróis.

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