O Agente Secreto: o novo drama nacional aplaudido em Cannes estreia nos cinemas em novembro
- UMA TV
- 14 de ago.
- 2 min de leitura
A espera acabou: O Agente Secreto, thriller político dirigido por Kleber Mendonça Filho, chega às telonas brasileiras no dia 6 de novembro de 2025, com distribuição da Vitrine Filmes — uma estreia que traz o cinema nacional de volta ao centro da conversa global.
Uma estreia que arranca aplausos
O filme teve sua estreia mundial em maio, no prestigiado Festival de Cannes, onde recebeu aplausos que, dizem, se estenderam por impressionantes 13 minutos. Lá, faturou os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator (Wagner Moura), além de levar para casa o Prêmio FIPRESCI e o Prix des Cinémas d’Art et Essai — um sinal forte de que o cinema brasileiro tem voz e presença no cenário mundial.
Carnaval, medo e memórias soterradas
Ambientado em 1977, no Recife sufocante durante o país ainda sob a ditadura militar, o longa acompanha Marcelo (Wagner Moura), um professor de tecnologia tentando reconstruir sua vida. Ao chegar na cidade natal, ele descobre que o refúgio que buscava estava longe de existir — e logo se vê envolvido numa trama que mistura vigilância, paranoia e memórias coletivas escritas à força.
Elenco de peso
Além de Wagner Moura, que retorna triunfante ao cinema nacional, o elenco inclui nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Alice Carvalho, Udo Kier e Thomás Aquino — formando um time forte e expressivo. O filme foi rodado entre Recife e São Paulo, com pós-produção realizada parte na Europa, reforçando sua ambição técnica e estética.
Memória, política e urgência cinematográfica
O Agente Secreto vai além do entretenimento: é uma reflexão urgente sobre a amnésia histórica, os rastros da violência de Estado e os silenciamentos que tentam apagar quem fomos como nação. O diretor mistura elementos do thriller de espionagem noir com um humor sutil e body horror em momentos precisos — tudo embalado por cores marcantes, referências visuais e sequências carregadas de simbolismo.
Este não é só mais um filme, é um convite para revisitar nosso passado, entender suas cicatrizes e reconhecer o poder do cinema como espaço de memória e debate. Com Wagner Moura em desempenho elogiado e Kleber Mendonça Filho se consolidando entre os cineastas mais relevantes da nova geração, O Agente Secreto tem tudo para ser um divisor de águas na produção nacional — e, quem sabe, uma presença forte na temporada de prêmios internacionais.
Comentários