De donzelas em perigo a protagonistas complexas: a evolução das personagens femininas nos games 🎮
- UMA TV
- 5 de abr.
- 2 min de leitura

Se você jogava videogame nos anos 80 e 90, provavelmente se acostumou a ver personagens femininas em papéis bem limitados. Muitas vezes, elas eram donzelas indefesas esperando para serem salvas (olá, Peach!), ou meras coadjuvantes sem grande profundidade. Mas os tempos mudaram – e muito!
Hoje, as mulheres nos games são protagonistas poderosas, com histórias ricas, desenvolvimento complexo e impacto real na indústria.
Bora fazer um checkpoint nessa evolução?
🏰 De Peach a Lara Croft: O início da jornada
Nos primórdios dos videogames, os personagens femininos eram quase sempre representados como vítimas em apuros. Um exemplo clássico é a Princesa Peach, de Super Mario Bros. (1985), que basicamente servia como um objetivo a ser resgatado pelo jogador. O mesmo aconteceu com Zelda, de The Legend of Zelda (1986), que apesar de seu nome estar no título, era muitas vezes relegada ao papel de "prêmio" da jornada de Link.
Mas aí veio Lara Croft, a arqueóloga destemida de Tomb Raider (1996), e começou a mudar o jogo. Apesar da sexualização exagerada no início (quem lembra daqueles shorts minúsculos e do design irreal?), Lara foi uma das primeiras protagonistas femininas fortes da indústria, provando que mulheres também podiam ser as estrelas de um jogo de ação.
🕹️ O início da mudança: de Samus a Jill Valentine
Se Lara Croft trouxe os holofotes para protagonistas femininas, foi Samus Aran, de Metroid (1986), quem deu o primeiro plot twist na narrativa feminina dos games. Durante todo o jogo, os jogadores acreditavam estar controlando um herói mascarado e só descobriam que Samus era uma mulher ao final – um choque para a época!
Nos anos 90, outras protagonistas começaram a se destacar. Em Resident Evil (1996), Jill Valentine surgiu como uma das primeiras personagens femininas em um jogo de terror de sobrevivência, sendo tão capaz (ou mais) que seus colegas homens.
Mas ainda havia um longo caminho a percorrer: muitas personagens continuavam sendo hipersexualizadas e criadas com foco no público masculino.
🎮 Nova era: diversidade e desenvolvimento profundo
A grande virada aconteceu nos anos 2010, quando os jogos passaram a trazer representações femininas mais realistas e variadas. Alguns exemplos:
🔥 Ellie, de The Last of Us (2013, 2020) – Uma personagem LGBTQIAP+ com uma história brutalmente realista, que enfrenta desafios físicos e emocionais profundos.
🛡️ Aloy, de Horizon Zero Dawn (2017) – Uma guerreira independente, com visual funcional e uma narrativa envolvente sobre identidade e descoberta.
⚔️ Bayonetta, de Bayonetta (2009, 2022) – Apesar da estética sensual, a personagem é construída com autonomia, carisma e força impressionantes.
E não podemos esquecer das protagonistas de jogos indie, como Madeline, de Celeste, que trouxe uma abordagem sensível sobre saúde mental e superação.
👾 O futuro dos games é mais feminino do que nunca!
Hoje, a indústria dos games finalmente entende que mulheres não são apenas coadjuvantes – elas jogam, criam, desenvolvem e lideram. Mais estúdios estão apostando em narrativas protagonizadas por personagens femininas complexas, explorando diferentes etnias, orientações sexuais e histórias únicas.
Com isso, fica claro que os tempos das "donzelas em perigo" ficaram para trás. Agora, as mulheres nos games estão salvando a si mesmas – e o mundo também! 💥🎮
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